Da lama ao caos. Do caos à lama

08/03/2019

“Da lama ao caos. Do caos à lama.”

Leituras a partir da ruptura de barragens no Brasil

Semana de Estudos Temáticos com o Ensino Médio

13 a 15 de março de 2019

Objetivo:

Possibilitar aos alunos refletir sobre os acontecimentos recentes em Mariana e Brumadinho por meio de problematizações e análises realizadas por seus professores, de forma a que tenham elementos que permitam ampliar seus aprendizados  e fundamentar seus posicionamentos a partir dos seguintes recortes:

  • A mineração, a Vale e as privatizações
  • Os resíduos – o que são, onde estão, para onde vão
  • Versos como versões críticas
  • Arte e entorno – Minas e Museus
  • Literatura e História na América mineradora
  • Lutos, lutas e os corpos inveláveis
  • Documentação e comunicação em tragédias (com jornalista convidada) – aberto à comunidade

 

Estratégias:

  • Os professores envolvidos preparam aulas considerando recortes temáticos e a diversidade dos alunos das diferentes turmas.
  • Todos os alunos do Ensino Médio participam das aulas, em suas turmas e em agrupamentos diversos ao grupo classe.
  • Parte das aulas com possibilidade de opção dos alunos entre recortes abordados pelos professores.
  • A coordenação organiza um horário especial para a realização das atividades.

 

AULAS

Data: 13/03, quarta-feira, das 7h10 às 8h30 e das 8h35 às 9h55

Os alunos do Ensino Médio escolhem duas dentre as três seguintes aulas:

O que vale para a Vale?

Prof. Antônio Carlos de Carvalho

Sala: 24

A resposta dessa questão não é tão simples: Lucro. A Vale, como maior empresa de mineração do mundo, tem ramificações de complexa compreensão. Ela representa o que há de mais moderno e mais arcaico em nossas relações econômicas, políticas e sociais. Desde sua criação no Estado Novo de Getúlio Vargas, passando por sua expansão e importância estratégica na geopolítica do Brasil potência sonhado pelos militares pós 64, até sua privatização na era FHC – quando foi símbolo do controverso processo de inserção do Brasil no projeto neoliberal capitalista do final do século XX -, a Vale é a “joia” que representa o que somos e o que não deveríamos ser.

 

Barragens: o desastre em números e questões técnicas

Profª. Renata Nascimento Nogueira | Prof. Roosevelt Kiyohisa Fujikawa

Sala: 23

A proposta desta aula é apresentar uma visão técnica a respeito do rompimento da barragem em Brumadinho. Serão abordados: composição de rejeitos, comparação de volume de rejeitos e de água, bem como alguns aspectos tecnológicos da mineração. E apresentaremos alguns estudos que  exemplificam como a Ciência está discutindo um evento similar, o rompimento ocorrido em Mariana.

 

A tragédia de Brumadinho e os Corpos “Inveláveis”

Profª. Lauren Couto

Sala: 13

Em 2016, diante dos ataques terroristas em Paris, o jornalista americano Teju Cole escreveu uma reportagem, publicada na revista The New Yorker, onde, além de lamentar-se pelas mortes dos jornalistas da Charlie Hebdo, convidava seus leitores a refletirem sobre as “mortes menos importantes” que ocorrem, diariamente, em outras regiões do mundo. Nas palavras de Cole, “Talvez seja impossível voltar nossa atenção a cada tragédia que acontece em todos os cantos do mundo, mas deveríamos ao menos pausar para considerar a maneira como se decide, tão rapidamente, que certas mortes são mais significativas, mais dignas de consternação do que outras”. A partir desse convite à reflexão de Cole, sobre “tragédias sem importância”, discutiremos a respeito das escolhas feitas pela grande mídia, nacional e internacional, diante de crimes que, nas palavras do poeta alemão Bertolt Brecht, “acontecem como a chuva que cai”.

 

 

Data: 13/03, quarta-feira, das 10h20 às 11h15 (3ª séries A e B – sala 23); das 11h15 às 12h10 (1ª séries A e B – sala 24)

15/03, sexta-feira, das 9h às 9h55 (2ª séries A e B – sala 23)

As pedras mineiras de Drummond

Prof. Iuri Pereira Jaime

A partir da exibição de entrevista com o professor José Miguel Wisnik e da leitura de três poemas de Carlos Drummond de Andrade discutiremos o testemunho poético sobre a degradação ambiental produzida pela atividade mineradora.

 

 

Data: 14/03, quinta-feira

De Potosí a Sabarabuçu, a sede do metal é sem fim

Profª. Andrea Pizzutiello e Prof. João Gabriel Priolli

  • 2ª séries A e B – 7h10 às 8h05, sala 23;
  • 1ª série B – 9h às 9h55, sala 25;
  • 3ª séries A e B – 10h20 às 11h15, sala 24;
  • 1ª série A – 12h10 às 13h, sala 26

No seu clássico ensaio sobre as mazelas da colonização e domínio imperialista na América Latina, o escritor uruguaio Eduardo Galeano comparou a exploração dos recursos naturais pelos europeus a um monstro sedento. Seja na riquíssima montanha de prata de Potosí, no Peru do século XVII, ou no sertão das Minas Gerais, no século XVIII, podemos encontrar marcas comuns na tragédia social e ambiental que foi e ainda é a extração de minérios em nosso continente. Ao invés de nos contentarmos com a ideia de estarmos diante de um acidente de trabalho  com sérias implicações ambientais, buscamos olhar no passado para ver a continuidade das ações de maximizar lucros em detrimento das vidas humanas, sua dignidade e o ambiente onde ela se insere. Assim, Brumadinho não nos parece uma surpresa, mas a crônica de uma catástrofe anunciada.

 

Inhotim

Prof. Gilberto Mariotti

  • 2ª série B – 9h às 9h55, sala 22;
  • 2ª série A – 10h20 às 11h15, sala 21;
  • 1ª série A – 11h15 às 12h10, sala 25;
  • 1ª série B – 12h10 às 13h, sala 26

Possíveis relações entre o circuito museológico da arte e o que ocorreu em Brumadinho.

 

 

Data: 15/03, sexta-feira

 DESASTRES AMBIENTAIS, NATURAIS E TECNOLÓGICOS – DA MÍDIA À FORMAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA

AULA ABERTA À COMUNIDADE

Local: Colégio Equipe

Horário: 19h30

Organização: Colégio Equipe e Instituto Equipe Cultura e Cidadania

 

Convidada: Cilene Victor 

Doutora em Saúde Pública pela USP, com tese sobre Comunicação de Riscos Ambientais e Tecnológicos, Mestre em Comunicação Científica e Tecnológica, Especialista em Comunicação Aplicada à Saúde e Bacharel em Jornalismo. Foi consultora da Unesco, assistindo ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em projeto que visava o estudo e  desenvolvimento de sistemas inteligentes de alertas, no nível nacional, para o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – Cemaden. É idealizadora do Coletivo Jornalismo Humanitário, especializado na produção de reportagens investigativas e multimídia. Professora na Universidade Metodista e na FAPCOM.

 

Parceria musical: Mario Gil e Breno Ruiz

Mario Gil – violonista, intérprete e compositor, é mineiro de Juiz de Fora. Lançou seu primeiro disco em 1993, Luz do Cais e em 1998 o CD Contos do Mar, trabalho temático com o letrista Paulo César Pinheiro. Nos últimos anos suas atividades têm se concentrado na produção e direção musical de diversos trabalhos.

Breno Ruiz – pianista, intérprete e compositor desde os 15 anos de idade. Em 2016 lançou seu primeiro CD autoral, Cantilenas Brasileiras, composto por 12 canções em parceria com o letrista Paulo César Pinheiro. Suas canções já foram gravadas por Renato Braz, Mônica Salmaso, Rafael Altério, MPB4, entre outros.

Da lama ao caos. Do caos à lama

08/03/2019

“Da lama ao caos. Do caos à lama.”

Leituras a partir da ruptura de barragens no Brasil

Semana de Estudos Temáticos com o Ensino Médio

13 a 15 de março de 2019

Objetivo:

Possibilitar aos alunos refletir sobre os acontecimentos recentes em Mariana e Brumadinho por meio de problematizações e análises realizadas por seus professores, de forma a que tenham elementos que permitam ampliar seus aprendizados  e fundamentar seus posicionamentos a partir dos seguintes recortes:

  • A mineração, a Vale e as privatizações
  • Os resíduos – o que são, onde estão, para onde vão
  • Versos como versões críticas
  • Arte e entorno – Minas e Museus
  • Literatura e História na América mineradora
  • Lutos, lutas e os corpos inveláveis
  • Documentação e comunicação em tragédias (com jornalista convidada) – aberto à comunidade

 

Estratégias:

  • Os professores envolvidos preparam aulas considerando recortes temáticos e a diversidade dos alunos das diferentes turmas.
  • Todos os alunos do Ensino Médio participam das aulas, em suas turmas e em agrupamentos diversos ao grupo classe.
  • Parte das aulas com possibilidade de opção dos alunos entre recortes abordados pelos professores.
  • A coordenação organiza um horário especial para a realização das atividades.

 

AULAS

Data: 13/03, quarta-feira, das 7h10 às 8h30 e das 8h35 às 9h55

Os alunos do Ensino Médio escolhem duas dentre as três seguintes aulas:

O que vale para a Vale?

Prof. Antônio Carlos de Carvalho

Sala: 24

A resposta dessa questão não é tão simples: Lucro. A Vale, como maior empresa de mineração do mundo, tem ramificações de complexa compreensão. Ela representa o que há de mais moderno e mais arcaico em nossas relações econômicas, políticas e sociais. Desde sua criação no Estado Novo de Getúlio Vargas, passando por sua expansão e importância estratégica na geopolítica do Brasil potência sonhado pelos militares pós 64, até sua privatização na era FHC – quando foi símbolo do controverso processo de inserção do Brasil no projeto neoliberal capitalista do final do século XX -, a Vale é a “joia” que representa o que somos e o que não deveríamos ser.

 

Barragens: o desastre em números e questões técnicas

Profª. Renata Nascimento Nogueira | Prof. Roosevelt Kiyohisa Fujikawa

Sala: 23

A proposta desta aula é apresentar uma visão técnica a respeito do rompimento da barragem em Brumadinho. Serão abordados: composição de rejeitos, comparação de volume de rejeitos e de água, bem como alguns aspectos tecnológicos da mineração. E apresentaremos alguns estudos que  exemplificam como a Ciência está discutindo um evento similar, o rompimento ocorrido em Mariana.

 

A tragédia de Brumadinho e os Corpos “Inveláveis”

Profª. Lauren Couto

Sala: 13

Em 2016, diante dos ataques terroristas em Paris, o jornalista americano Teju Cole escreveu uma reportagem, publicada na revista The New Yorker, onde, além de lamentar-se pelas mortes dos jornalistas da Charlie Hebdo, convidava seus leitores a refletirem sobre as “mortes menos importantes” que ocorrem, diariamente, em outras regiões do mundo. Nas palavras de Cole, “Talvez seja impossível voltar nossa atenção a cada tragédia que acontece em todos os cantos do mundo, mas deveríamos ao menos pausar para considerar a maneira como se decide, tão rapidamente, que certas mortes são mais significativas, mais dignas de consternação do que outras”. A partir desse convite à reflexão de Cole, sobre “tragédias sem importância”, discutiremos a respeito das escolhas feitas pela grande mídia, nacional e internacional, diante de crimes que, nas palavras do poeta alemão Bertolt Brecht, “acontecem como a chuva que cai”.

 

 

Data: 13/03, quarta-feira, das 10h20 às 11h15 (3ª séries A e B – sala 23); das 11h15 às 12h10 (1ª séries A e B – sala 24)

15/03, sexta-feira, das 9h às 9h55 (2ª séries A e B – sala 23)

As pedras mineiras de Drummond

Prof. Iuri Pereira Jaime

A partir da exibição de entrevista com o professor José Miguel Wisnik e da leitura de três poemas de Carlos Drummond de Andrade discutiremos o testemunho poético sobre a degradação ambiental produzida pela atividade mineradora.

 

 

Data: 14/03, quinta-feira

De Potosí a Sabarabuçu, a sede do metal é sem fim

Profª. Andrea Pizzutiello e Prof. João Gabriel Priolli

  • 2ª séries A e B – 7h10 às 8h05, sala 23;
  • 1ª série B – 9h às 9h55, sala 25;
  • 3ª séries A e B – 10h20 às 11h15, sala 24;
  • 1ª série A – 12h10 às 13h, sala 26

No seu clássico ensaio sobre as mazelas da colonização e domínio imperialista na América Latina, o escritor uruguaio Eduardo Galeano comparou a exploração dos recursos naturais pelos europeus a um monstro sedento. Seja na riquíssima montanha de prata de Potosí, no Peru do século XVII, ou no sertão das Minas Gerais, no século XVIII, podemos encontrar marcas comuns na tragédia social e ambiental que foi e ainda é a extração de minérios em nosso continente. Ao invés de nos contentarmos com a ideia de estarmos diante de um acidente de trabalho  com sérias implicações ambientais, buscamos olhar no passado para ver a continuidade das ações de maximizar lucros em detrimento das vidas humanas, sua dignidade e o ambiente onde ela se insere. Assim, Brumadinho não nos parece uma surpresa, mas a crônica de uma catástrofe anunciada.

 

Inhotim

Prof. Gilberto Mariotti

  • 2ª série B – 9h às 9h55, sala 22;
  • 2ª série A – 10h20 às 11h15, sala 21;
  • 1ª série A – 11h15 às 12h10, sala 25;
  • 1ª série B – 12h10 às 13h, sala 26

Possíveis relações entre o circuito museológico da arte e o que ocorreu em Brumadinho.

 

 

Data: 15/03, sexta-feira

 DESASTRES AMBIENTAIS, NATURAIS E TECNOLÓGICOS – DA MÍDIA À FORMAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA

AULA ABERTA À COMUNIDADE

Local: Colégio Equipe

Horário: 19h30

Organização: Colégio Equipe e Instituto Equipe Cultura e Cidadania

 

Convidada: Cilene Victor 

Doutora em Saúde Pública pela USP, com tese sobre Comunicação de Riscos Ambientais e Tecnológicos, Mestre em Comunicação Científica e Tecnológica, Especialista em Comunicação Aplicada à Saúde e Bacharel em Jornalismo. Foi consultora da Unesco, assistindo ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em projeto que visava o estudo e  desenvolvimento de sistemas inteligentes de alertas, no nível nacional, para o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – Cemaden. É idealizadora do Coletivo Jornalismo Humanitário, especializado na produção de reportagens investigativas e multimídia. Professora na Universidade Metodista e na FAPCOM.

 

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Rua São Vicente de Paulo, 374
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