O que você faz com o que você sonha?

05/10/2017

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“Utopia, lugar que não existe, mas que pode vir a existir.”

“Juventude é um conceito histórico e plural.”

“Autonomia é ousar a pensar.”

“O que você faz com o que você sonha?” foi a segunda edição do projeto realizado com alunos da 1ª à 3ª série do Ensino Médio. A intenção é que professores e alunos se debrucem, reflitam e debatam sobre temas da atualidade que estão permeando o universo de interesses dos nossos estudantes. Ainda é uma jovem proposta dentro no nosso currículo, mas já se mostra bastante pertinente dentro do atual contexto educacional.

 

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Três grandes temáticas foram abordadas: “Participação Política”, “Gêneros” e “Dependências e Vulnerabilidades” (temas sugeridos pelos alunos). Para cada uma dessas temáticas convidamos especialistas e militantes. Na mesa sobre política, tivemos: Eduardo Montechi Valladares (doutor e mestre em História Social pela USP e bacharel em Filosofia pela USP), Carmem Silva (coordenadora-geral do MSTC, Movimento dos Sem Teto do Centro) e Leonardo Carvalho Cordeiro (músico, estudante de Filosofia e professor); na mesa sobre gênero, tivemos: Miriam Chnaiderman (psicanalista e cineasta) e Priscila Akemi Beltrame (advogada e doutora em Direito Penal pela Faculdade de Direito da USP); e na mesa sobre vulnerabilidades, esteve presente Maria Rita Khell (psicóloga e psicanalista). A cada mesa, houve um momento inicial de exposição, seguido de perguntas dos alunos. Ao final, todos foram para as salas de aula, reconfiguradas em novos grupos de 1ª a 3ª série e, sem a presença de professores, puderam debater os conteúdos trazidos pelos convidados. Mapas conceituais serviram como registros dessas conversas.

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Mesa sobre política: Carmem Silva, Leonardo Cordeiro, Professora Eliane Yambanis e Eduardo Valladares
 

 

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Mesa sobre Gênero: Míriam Chnaiderman, Professora Eliane Yambanis e Priscila Beltrame
 

 

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Mesa sobre Vulnerabilidade: Maria Rita Kehl e Professora Eliane Yambanis

 

“Nossa diversidade é o que forma nossa unidade.”

“Somos refugiados dentro do nosso próprio país!”

“Como não ser cooptado?”

“Como unificar os sonhos?”

“Quem faz o papel de censor?”

Além dos debates, o projeto contou também com algumas aulas especiais preparadas pelos professores. O professor Antonio Carlos de Carvalho, de Geografia, deu a aula “Sem lenço, sem documento”, em que discutiu como a juventude pode ser controlada, cooptada e, principalmente, transformadora do mundo em que vivemos. Já a professora Andrea Pizzutiello, de Espanhol, discutiu os temas sexo, gênero, identidade de gênero, expressão de gênero e orientação sexual. E o professor de Filosofia, Marlito de Sousa Lima, propôs uma reflexão sobre cotidiano e revolução a partir da obra de Agnes Heller.

“Gênero é diferente de sexo anatômico.”

“Como viver a sexualidade de forma não binária?”

“A sociedade massacra a diferença.”

Uma das sugestões da avaliação da edição do ano passado foi que os próprios alunos dessem aulas ou coordenassem oficinas, o que ocorreu este ano. Houve quatro aulas: uma proposta pelo aluno Caetano Falcão, articulando ideias dos livros “A atualidade das depressões”, de Maria Rita Khell, e “A ideologia da competência”, de Marilena Chauí; uma conversa coordenada por Yacov Kilsztajn, Alice Rocha Castanho e Ana Paula Lescano sobre o esvaziamento de espaços de grupos de estudantes, como grêmio e coletivo feminista, que são grandes possibilidades formativas para o pensamento crítico; Manoel Tavano Bacal apresentou os vários agentes que atuam para a criação de um filme e discutiu características de alguns premiados pelo Oscar; e Tito Baroufi, Gabriel Werneck e Giuliano Zelada compartilharam seus conhecimentos sobre produção musical eletrônica.

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Aula Caetano Falcão
 

 

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Discusssão sobre participação política
 

 

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Aula Manoel Bacal
 

 

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Oficina Giuliano Zelada e Gabriel Werneck
 

 

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Oficina Tito Baruffi

 

“A droga entra no lugar das compulsões.”

“A sociedade vende a alucinação por meio do prazer.”

“Os ipads e celulares são dispositivos de esvaziamento da mente;

eles estão sonhando por vocês.”

“Vocês são os cachorrinhos dos ipads.”

A última atividade foi uma plenária em que os alunos apresentaram as sínteses das discussões ocorridas nas salas, a partir dos aprendizados que tiveram nas palestras e nas aulas de professores e colegas. Coordenação, professores e alunos avaliaram o projeto como muito significativo e importante, porque rompe com a rotina muitas vezes compartimentada em séries e disciplinas, e cria uma estrutura mais horizontal e de troca entre todos os agentes da escola.

 

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“O que fazer com o tempo vazio?”

“O que nos vicia?”

“Consumir coisas que não preciso não amplia minha riqueza subjetiva.”

“A arte é necessária para nos formarmos.”

“A arte nos amplia como humanos!”*

Com a atual proposta de Reforma do governo para o Ensino Médio, muito se tem discutido se o modelo de percursos formativos dá conta de resolver os dois grandes problemas identificados no ciclo: evasão e falta de sentido atribuída aos conteúdos ensinados. O que essa experiência escolar no Equipe deixa evidente é que os jovens precisam, antes de mais nada, ser ouvidos em suas inquietações e questionamentos. Também confirma que a gama de interesses deles é ampla, variada e que os conteúdos escolares passam a fazer sentido quando se relacionam com o que estão vivenciando. E o que deixou os educadores especialmente tocados foi o fato de os alunos reconhecerem a escola como um espaço de reflexão, de ação e de oposição ao consumismo e ao imediatismo. É emocionante ouvir nossos alunos dizendo que aprender não é fácil, mas é libertador.

*as frases em itálico foram faladas por nossos convidados nos debates e anotadas pelos nossos alunos.

 

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Luciana Fevorini
Diretora Escolar

O que você faz com o que você sonha?

05/10/2017

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“Utopia, lugar que não existe, mas que pode vir a existir.”

“Juventude é um conceito histórico e plural.”

“Autonomia é ousar a pensar.”

“O que você faz com o que você sonha?” foi a segunda edição do projeto realizado com alunos da 1ª à 3ª série do Ensino Médio. A intenção é que professores e alunos se debrucem, reflitam e debatam sobre temas da atualidade que estão permeando o universo de interesses dos nossos estudantes. Ainda é uma jovem proposta dentro no nosso currículo, mas já se mostra bastante pertinente dentro do atual contexto educacional.

 

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Três grandes temáticas foram abordadas: “Participação Política”, “Gêneros” e “Dependências e Vulnerabilidades” (temas sugeridos pelos alunos). Para cada uma dessas temáticas convidamos especialistas e militantes. Na mesa sobre política, tivemos: Eduardo Montechi Valladares (doutor e mestre em História Social pela USP e bacharel em Filosofia pela USP), Carmem Silva (coordenadora-geral do MSTC, Movimento dos Sem Teto do Centro) e Leonardo Carvalho Cordeiro (músico, estudante de Filosofia e professor); na mesa sobre gênero, tivemos: Miriam Chnaiderman (psicanalista e cineasta) e Priscila Akemi Beltrame (advogada e doutora em Direito Penal pela Faculdade de Direito da USP); e na mesa sobre vulnerabilidades, esteve presente Maria Rita Khell (psicóloga e psicanalista). A cada mesa, houve um momento inicial de exposição, seguido de perguntas dos alunos. Ao final, todos foram para as salas de aula, reconfiguradas em novos grupos de 1ª a 3ª série e, sem a presença de professores, puderam debater os conteúdos trazidos pelos convidados. Mapas conceituais serviram como registros dessas conversas.

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Mesa sobre política: Carmem Silva, Leonardo Cordeiro, Professora Eliane Yambanis e Eduardo Valladares
 

 

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Mesa sobre Gênero: Míriam Chnaiderman, Professora Eliane Yambanis e Priscila Beltrame
 

 

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Mesa sobre Vulnerabilidade: Maria Rita Kehl e Professora Eliane Yambanis

 

“Nossa diversidade é o que forma nossa unidade.”

“Somos refugiados dentro do nosso próprio país!”

“Como não ser cooptado?”

“Como unificar os sonhos?”

“Quem faz o papel de censor?”

Além dos debates, o projeto contou também com algumas aulas especiais preparadas pelos professores. O professor Antonio Carlos de Carvalho, de Geografia, deu a aula “Sem lenço, sem documento”, em que discutiu como a juventude pode ser controlada, cooptada e, principalmente, transformadora do mundo em que vivemos. Já a professora Andrea Pizzutiello, de Espanhol, discutiu os temas sexo, gênero, identidade de gênero, expressão de gênero e orientação sexual. E o professor de Filosofia, Marlito de Sousa Lima, propôs uma reflexão sobre cotidiano e revolução a partir da obra de Agnes Heller.

“Gênero é diferente de sexo anatômico.”

“Como viver a sexualidade de forma não binária?”

“A sociedade massacra a diferença.”

Uma das sugestões da avaliação da edição do ano passado foi que os próprios alunos dessem aulas ou coordenassem oficinas, o que ocorreu este ano. Houve quatro aulas: uma proposta pelo aluno Caetano Falcão, articulando ideias dos livros “A atualidade das depressões”, de Maria Rita Khell, e “A ideologia da competência”, de Marilena Chauí; uma conversa coordenada por Yacov Kilsztajn, Alice Rocha Castanho e Ana Paula Lescano sobre o esvaziamento de espaços de grupos de estudantes, como grêmio e coletivo feminista, que são grandes possibilidades formativas para o pensamento crítico; Manoel Tavano Bacal apresentou os vários agentes que atuam para a criação de um filme e discutiu características de alguns premiados pelo Oscar; e Tito Baroufi, Gabriel Werneck e Giuliano Zelada compartilharam seus conhecimentos sobre produção musical eletrônica.

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Aula Caetano Falcão
 

 

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Discusssão sobre participação política
 

 

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Aula Manoel Bacal
 

 

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Oficina Giuliano Zelada e Gabriel Werneck
 

 

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Oficina Tito Baruffi

 

“A droga entra no lugar das compulsões.”

“A sociedade vende a alucinação por meio do prazer.”

“Os ipads e celulares são dispositivos de esvaziamento da mente;

eles estão sonhando por vocês.”

“Vocês são os cachorrinhos dos ipads.”

A última atividade foi uma plenária em que os alunos apresentaram as sínteses das discussões ocorridas nas salas, a partir dos aprendizados que tiveram nas palestras e nas aulas de professores e colegas. Coordenação, professores e alunos avaliaram o projeto como muito significativo e importante, porque rompe com a rotina muitas vezes compartimentada em séries e disciplinas, e cria uma estrutura mais horizontal e de troca entre todos os agentes da escola.

 

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“O que fazer com o tempo vazio?”

“O que nos vicia?”

“Consumir coisas que não preciso não amplia minha riqueza subjetiva.”

“A arte é necessária para nos formarmos.”

“A arte nos amplia como humanos!”*

Com a atual proposta de Reforma do governo para o Ensino Médio, muito se tem discutido se o modelo de percursos formativos dá conta de resolver os dois grandes problemas identificados no ciclo: evasão e falta de sentido atribuída aos conteúdos ensinados. O que essa experiência escolar no Equipe deixa evidente é que os jovens precisam, antes de mais nada, ser ouvidos em suas inquietações e questionamentos. Também confirma que a gama de interesses deles é ampla, variada e que os conteúdos escolares passam a fazer sentido quando se relacionam com o que estão vivenciando. E o que deixou os educadores especialmente tocados foi o fato de os alunos reconhecerem a escola como um espaço de reflexão, de ação e de oposição ao consumismo e ao imediatismo. É emocionante ouvir nossos alunos dizendo que aprender não é fácil, mas é libertador.

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