Resolução de conflitos na Educação Infantil (Parte 1)

31/03/2015

Grupos heterogêneos na Educação Infantil favorecem uma regulação mais autônoma dos conflitos

 

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A Educação Infantil no Equipe é organizada em um mesmo grupo, denominado Interidades, com crianças de 3 a 5 anos, e o 1º ano constitui um grupo à parte.

Esse primeiro ciclo da escolaridade configura um período de transição da casa para a escola, no qual as crianças ampliam vínculos e criam recursos para lidar com as novas situações que se apresentam quando passam a integrar um grupo que tem a aprendizagem como tarefa comum.

Conviver com segurança em um ambiente social e pertencer a um grupo vão possibilitar que as crianças se disponham, gradativamente, a construir conhecimentos conjuntamente, expondo seu pensamento, ouvindo os demais, contribuindo e aceitando contribuições para a formulação e reformulação de perguntas e ideias.

Embora tenham desafios de aprendizagem específicos, o cotidiano escolar dos grupos conta com a mesma carga horária, a mesma forma de organização e nomeação da rotina e de utilização dos materiais e os mesmos procedimentos de avaliação, aspectos, entre outros, que têm uma mudança mais acentuada na passagem dos alunos para o 2º ano do Ensino Fundamental.

 

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Uma parte importante das regras e dos combinados do grupo é a que rege a resolução de conflitos.

A experiência com grupos heterogêneos na Educação Infantil, que integram crianças de 3 a 5 anos – e os maiores já com 6 anos no 2º semestre de cada ano letivo –, mostra que a presença dos maiores torna mais fácil para o grupo reger ou regular a resolução de conflitos, e o convívio escolar, portanto, fica mais ameno e agradável para todos.

Os mais novos ou mais imperativos costumam mostrar-se mais exigentes quanto à satisfação imediata de seus desejos relativos a um brinquedo ou a uma determinada forma de brincadeira ou interação, e também mais impulsivos ao utilizar os recursos que possuem para conseguir o que querem – tomar, empurrar, bater, chutar, morder. Em grupos só de mais novos, que reúnem muitas crianças mais imperativas, está feita a confusão!

 

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Os maiores e mais afeitos à segurança proporcionada pelas regras, por seu lado, tendem a assumir a proposta e organização de brincadeiras mais estruturadas, que muito interessam aos menores. Isso, por si, diminui a incidência de conflitos.

Quando eles surgem, porém, de maneira geral os maiores têm mais recursos para uma solução negociada ou para chamar o(a) professor(a) diante de impasses, antes que a tentativa de solução entre as crianças se torne agressiva.

 

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Os maiores costumam também reagir de forma veementemente indignada diante da agressão de outra criança, pois aceitam abrir mão de infringir regras para obter o que querem em nome da segurança de que outros não farão isso com eles, de forma que recusam a utilização dessas atitudes, chegando a manifestar que não desejam brincar com determinada criança se ela continuar fazendo aquilo que não aceitam.

Esse limite, imposto por um colega, tem uma enorme força na regulação dos conflitos, pois é em nome do desejo de participação nas brincadeiras e de manutenção dos vínculos que as crianças mais impulsivas conseguem mobilizar recursos para conter-se.

 

Resolução_de_conflitos_na_educação_infantil_P1_5

 

 

Adriana Mangabeira 
Atual coordenadora do Ensino Fundamental I e uma das autoras do documento curricular do Colégio Equipe da Educação Infantil

Resolução de conflitos na Educação Infantil (Parte 1)

31/03/2015

Grupos heterogêneos na Educação Infantil favorecem uma regulação mais autônoma dos conflitos

 

Resolução_de_conflitos_na_educação_infantil_P1_1

  

A Educação Infantil no Equipe é organizada em um mesmo grupo, denominado Interidades, com crianças de 3 a 5 anos, e o 1º ano constitui um grupo à parte.

Esse primeiro ciclo da escolaridade configura um período de transição da casa para a escola, no qual as crianças ampliam vínculos e criam recursos para lidar com as novas situações que se apresentam quando passam a integrar um grupo que tem a aprendizagem como tarefa comum.

Conviver com segurança em um ambiente social e pertencer a um grupo vão possibilitar que as crianças se disponham, gradativamente, a construir conhecimentos conjuntamente, expondo seu pensamento, ouvindo os demais, contribuindo e aceitando contribuições para a formulação e reformulação de perguntas e ideias.

Embora tenham desafios de aprendizagem específicos, o cotidiano escolar dos grupos conta com a mesma carga horária, a mesma forma de organização e nomeação da rotina e de utilização dos materiais e os mesmos procedimentos de avaliação, aspectos, entre outros, que têm uma mudança mais acentuada na passagem dos alunos para o 2º ano do Ensino Fundamental.

 

Resolução_de_conflitos_na_educação_infantil_P1_2

 

Uma parte importante das regras e dos combinados do grupo é a que rege a resolução de conflitos.

A experiência com grupos heterogêneos na Educação Infantil, que integram crianças de 3 a 5 anos – e os maiores já com 6 anos no 2º semestre de cada ano letivo –, mostra que a presença dos maiores torna mais fácil para o grupo reger ou regular a resolução de conflitos, e o convívio escolar, portanto, fica mais ameno e agradável para todos.

Os mais novos ou mais imperativos costumam mostrar-se mais exigentes quanto à satisfação imediata de seus desejos relativos a um brinquedo ou a uma determinada forma de brincadeira ou interação, e também mais impulsivos ao utilizar os recursos que possuem para conseguir o que querem – tomar, empurrar, bater, chutar, morder. Em grupos só de mais novos, que reúnem muitas crianças mais imperativas, está feita a confusão!

 

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Os maiores e mais afeitos à segurança proporcionada pelas regras, por seu lado, tendem a assumir a proposta e organização de brincadeiras mais estruturadas, que muito interessam aos menores. Isso, por si, diminui a incidência de conflitos.

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